Família Monoparental

A família tem uma história natural que a faz avançar por etapas sucessivas, durante as quais os seus membros sofrem mudanças e adotam novos comportamentos. Estas etapas constituem o ciclo de vida familiar, que é concebido como a sequência de estágios que a família atravessa desde o seu estabelecimento até à sua dissolução.
Em cada fase do ciclo de vida, a família tem que mudar para se adaptar às modificações estruturais, funcionais e de papéis a que cada etapa dá lugar. Mas, se há certas modificações no ciclo de vida familiar que são próprias e exclusivas de cada etapa, outras podem surgir em qualquer estágio do ciclo como é o caso da monoparentalidade.
A família monoparental é uma tipologia familiar que se origina após um acontecimento vital estressante tal como o falecimento de um cônjuge, uma separação, um divórcio, ou o abandono do lar por parte de um dos cônjuges, mas também no caso da mulher grávida que não quer co-habitar com o pai do seu filho, preferindo assumir sozinha a sua maternidade. A família monoparental é pois constituída por um só cônjuge e seus filhos, os quais podem ter diversas idades.
As famílias monoparentais têm vindo a aumentar nas últimas décadas, quer a nível internacional quer a nível nacional, com especial incidência a partir dos anos 70, década a partir da qual esta forma familiar parece ter triplicado, estimando-se atualmente que este tipo de família represente mais de 25% da totalidade das diversas formas familiares.